quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Solidão mata


Solidão tão prejudicial como fumar
O isolamento social prejudica a saúde e pode ser tão nocivo como fumar, segundo John Cacioppo, professor de psicologia da Universidade de Chicago e um dos investigadores da temática solidão mais conceituados dos Estados Unidos da América (EUA).

Um novo estudo realizado por Cacioppo e outros investigadores da Universidade de Chicago indica que a solidão afecta o comportamento das pessoas e a forma como os seus cérebros funcionam.


A pesquisa, apresentada durante a conferência anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS), utilizou exames de ressonância magnética para estudar as conexões entre isolamento social e actividade cerebral.


Os especialistas verificaram que nas pessoas mais sociáveis uma região do cérebro conhecida como estriato ventral ficou muito mais activa quando observavam imagens de pessoas em situações agradáveis. Algo que não acontecia nos cérebros de pessoas solitárias.


Os cientistas também concluíram que uma outra região do cérebro, associada à capacidade de empatia com o próximo, ficou muito menos activa entre os solitários do que nos mais sociáveis quando observavam imagens de pessoas em situações desagradáveis.



"Devido aos sentimentos de isolamento social, indivíduos solitários podem ser levados a procurar um certo conforto em prazeres não sociais", disse Cacioppo, citado pela BBC. Por exemplo, comer ou beber demais, avança o professor.


De acordo com uma reportagem sobre o estudo publicada pelo jornal britânico Daily Telegraph, a solidão prejudica a imunidade, provoca depressão, aumenta o stress e a pressão sanguínea e também aumenta os riscos de Alzheimer.



Indivíduos solitários tendem a ter menos motivação e menos perseverança, o que dificulta a adopção de dietas mais saudáveis e a prática de exercícios. Segundo Cacioppo, um em cada cinco americanos sente-se solitário.

In: http://noticias.pt.msn.com/article.aspx?cp-documentid=14319434