quarta-feira, julho 15, 2020

"És tu, mulher.

Nas fotos, nas lágrimas
No banho, na preguica,
Nos perfumes e nas cólicas
Menstruais,
Na realidade
Na panela ou na poesia
Na fragilidade de acreditar
Na mentira da paixão.
És tu mulher,
Nos palavroes
Na seducao
Nos risos
Na desilusao
No caminho
Nas flores
Nas músicas
Nas espadas
No espelho
No suspiro
Nos passos
Nos beijos
Nas fantasias
És tu mulher
De calca ganga
De rosa
De caneta
De porno
De liberdade
És tu mulher
De medo
De leveza
De fada
És tu, só falta
Enxergares
Este teu poder"
És mulher e
És mulher de sonho.
Es tu Gloria Sofia
És tu mulher.

MulherioDasLetrasZilaMamede
♀️ Coletivo feminista literário
🙋🏻‍♀️ Regional do @mulheriodasletras_oficial
📚 Responsável pelo Clube de Leitura Mulheres Lendo Mulheres. 

segunda-feira, julho 13, 2020

Mouaziz - Gloria Sofia

https://mouaziz752.blogspot.com/2020/07/blo
g-post_0.html



domingo, julho 12, 2020

Poema recitafo pelo Fadista Luis Ferraz

"Morre em mim".

O poema que vai ser lido na radio em Toronto.
Um dia vou contar-vos como nasceu este poema.

"Muito profundo este teu poema" Fadista Locutor de Radio CIRVFM/HD2 88.9" Luis Ferraz
 
"Luis Ferraz  nasceu  em Lisboa, no Bairro de Alfama, a 6 de Janeiro de 1957.
Actualmente residie, no Canada  na cidade de Hamilton,  Ontario, desde 2006.
Desde jovem que gosta de Fado. A sua inspiracao foi e sera, sempre o
fado.
Na casa onde nascieu e se criou, em Alfama, so se ouvia Fado.
Pensa  entrar em estudio, em finais de Janeiro 2014 para gravar o seu primeiro trabalho de Fado. No futuro  espera poder cantar cada vez mais em varias casas e poder realizar um sonho de menino  CANTAR O FADO ate que DEUS premita".

Luis vamos transformar este poema em fado?!
Nao vamos "Morre em mim". Morrer sem voz

quinta-feira, julho 09, 2020

Morre em mim


Morre em mim

"Estas palavras são cordas que partem me o pescoço

Lâminas que ferem o pulmão do verso

Pedras afiadas que cortam a carne do poema"






https://santiagomagazine.cv/index.php/cultura/4728-morre-em-mim?fbclid=IwAR018kDfzdBvizHMVkTuZaEG21pZPSN8uzHL-tO3CVfhywN1WMYXNnOY8PA

Poema em linha reta - Fernando Pessoa - Recitado pela Glória Sofia

As nossas leituras

N.º 51

Numa leitura emotiva, Glória Sofia traz-nos um poema admirável de Fernando Pessoa, do seu heterónimo Álvaro de Campos. São versos que dizem tanta coisa acerca do mais profundo de nós que merecem ser ouvidos, lidos e relidos. Um homem confessa que, afinal, é humano.
Maravilhoso!
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"

João Nuno Azambuja

(Biografia: Glória Sofia, poeta, nasceu e Cabo Verde, em 1985. Formou-se em Engenharia do Ambiente na Universidade dos Açores. Desde sempre se sentiu fascinada pela escrita. Em 2013 publicou o seu primeiro livro de poesia, intitulado «Poesia das lágrimas». Tem participado em várias antologias internacionais. Possui vários poemas musicados pelo cantor Américo Brito. Em abril de 2019 foi convidada pelas universidades de Boston, Harvard e Tufts para leitura e conversação e representou Cabo Verde numa conferência organizada pelo Instituto Camões (UMASS, Boston, EUA). Tem poemas traduzidos em quinze línguas. Reside nos Países Baixos.)

Iniciativa com o apoio institucional da UCCLA
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quarta-feira, julho 08, 2020

O meu contributo na revista AZAHAR


Gosto de ti


Gosto de ti
Gosto de ti como quem abraça as pernas
Gosto de ti como quem beija a fantasia
Gosto de ti como quem finta tempo
Gosto de ti como quem veste o vazio
Gosto de ti como quem acaricia os sonhos
Gosto de ti como quem ama o corpo.
Enquanto não há amanhã brilha em mim
Gosto de ti quando o meu corpo pedia as tuas mãos
Gosto de ti quando as estrelas adormecerem contigo e a lua acorda comigo
Gosto de ti como quem deseja Kamasutra
Gosto de ti como quem gosta andar pelo rio
Gosto de ti como quem grita na tristeza do prazer
Enquanto não há amanhã brilha em mim, brilha em mim, brilha em mim.
Gosto de ti como o sol da noite
Gosto de ti como o riso que ardia nos meus olhos
Gosto de ti como o silêncio do peito
Gosto de ti como o fogo no ventre
Gosto de ti como quem abraça o céu
Gosto de ti como quem cai no abismo
Gosto de ti como quem tem dias perdidos
Gosto de ti como quem esqueceu o passado
Enquanto não há amanhã escreve-me, escreve-me
Gosto de ti como a gargalhada na raiva
Gosto de ti quando os meus seios explodiram lavas
Gosto de ti como a faca que corta o ar no âmago
Enquanto não há amanhã esquece-me, esquece-me
Enquanto hoje só hoje desisti e desisti".
Glória Sofia

Rascunho de poema inspirado no poema do Pedro Abrunhosa
https://mouaziz752.blogspot.com/2020/07/gloria-sofia-monteiro-cape-verde-gloria.html?fbclid=IwAR2XMiNq1tXubqJ0XdOk8QufquHTLSe4ETY02Msipvtkzdq0C1R572WPQQU